Buried at PhotoCasket.com
Hoje deitei-me na minha cama e, enquanto o meu corpo descansava preguiçosamente, para um lado e para o outro, fiz uma constatação extraordinária. Percebi, finalmente, que não gosto de ti. Quer dizer, gostar gosto, como gosto de todas as coisas especiais e importantes que existiram e existem na minha vida, mas percebi que não te amo. Finalmente entendi que a pessoa que amo tem a tua cara, o teu aroma, os teus olhos, o teu sorriso, mas é uma ficção da minha cabeça. Uma imagem virtual que idealizei. Apaixonei-me por ti porque te preocupas comigo, com o meu bem-estar. Mentira, tu pensas primeiro em ti, depois nas coisas que te dizem respeito, no teu trabalho, na tua família, no teu carro, no teu clube de futebol, e depois, com um pouco de sorte, então pensas em mim. Apaixonei-me por um Homem que luta por mim e que faz dos meus sonhos os seus sonhos, das minhas vitórias, as suas vitórias, dos meus fracassos, os seus fracassos. Mentira, esse, não podes ser tu, os únicos sonhos que pretendes realizar são os teus e desconheces que à tua volta, há mais quem os tenha. Amei um Homem que caminhava sempre ao meu lado, de mão dada, ou abraçado a mim. Não és tu! Estás sempre um passo à frente e quando avanço, tu recuas e quando recuo, afastas-te. Apaixonei-me por um homem que abriu a janela da sua vida e me fez entrar, fechando de seguida a porta a sete chaves para nunca me deixar sair. Mentira, não podes ser tu, abriste-me a porta para sair, exactamente com a mesma cordialidade com que me fizeste entrar. Amei-te, porque pensei que também me amavas… Mentira…